25.11.12

Top 10 arquitetos que o CAU mandaria para a cadeia

Como alguns já sabem, durante a faculdade escrevi um artigo analisando a regulamentação do exercício profissional da arquitetura (que atualmente se manifesta através do CAU). O artigo foi publicado na revista do Estudantes Pela Liberdade, e está disponível para download através deste link.

No texto, chego à conclusão de que a regulamentação traz mais resultados negativos do que positivos, tanto para a sociedade como para a classe profissional. Nele também cito alguns renomados arquitetos que não se formaram, a maior exigência do CAU para exercer arquitetura de forma legal, já que o diploma de uma universidade aprovada pelo MEC é a principal exigência para a profissão.

Desde então escutei vários nomes de outros excelentes arquitetos que também não concluíram suas faculdades ou nem mesmo estudaram arquitetura formalmente. Apesar de saber que uma obra de arquitetura não é resultado de apenas uma pessoa, pelo CAU a responsabilidade pelo projeto arquitetônico ainda cai sobre um indivíduo (além dos demais projetos de cálculo estrutural, elétrica, hidráulica, etc. que em raríssimos casos são abraçados pelos arquitetos). Assim, já que a pena atual para o exercício ilegal da profissão é prisão de 15 dias a 3 meses, ou multa, achei interessante (ou, no mínimo, engraçado) compliar uma lista dos meus 10 arquitetos prediletos que poderiam ser mandados para a cadeia por causa da regulamentação profissional do CAU, caso decidissem exercer a profissão no Brasil. E aí vão eles, em ordem decrescente (mais ou menos):




Filho de um anarquista convicto, João Artacho Jurado nunca completou o primário, proibido pelo pai de jurar à bandeira. Um dos grandes arquitetos-empreendedores brasileiros, Artacho "foi algumas vezes perseguido pelo CREA, que fiscalizava naquele tempo as placas de obra. O nome dele, Jurado, não podia figurar em tamanho maior do que o nome do engenheiro responsável, o que era constantemente desrespeitado, fato que aumentava a ira de seus desafetos, que se sentiam insultados pela presença de um profissional atuante que não era arquiteto formado.". O Edifício Bretagne, da foto, foi considerada pela revista britânica Wallpaper como um dos melhores edifícios do mundo para se viver.


Filho de Sérgio Bernardes, um dos arquitetos mais importantes que o Brasil já teve, o carioca Cláudio Bernardes executou mais de 1000 projetos, porém não pôde assinar nenhum deles: esta tarefa ficava encarregada ao seu sócio, Paulo Jacobsen. Caso os sócios se separassem e Cláudio decidisse ser encarregado do escritório poderia ter sido preso por exercício ilegal da profissão, já que largou a faculdade no último ano. 

Arquiteto auto-didata, Zanine Caldas foi perseguido pelo CREA (que regulava a profissão até o ano passado) na década de 80, e só conseguiu fugir do aprisionamento quando Lúcio Costa em pessoa saiu em sua defesa, entregando um título honorário de arquiteto através do IAB. Na foto a casa do artista plástico Krajberg, projeto desenvolvido pelo arquiteto, que aposto que nunca seria aprovada qualquer prefeitura do país se fosse executado hoje.

Ai Weiwei (que mereceu uma postagem própria em sua homenagem neste blog) tornou-se mundialmente famoso por sua arte e ativismo político de protesto ao regime comunista chinês, e poucos sabem da carreira dele em arquitetura. Tendo estudado apenas artes plásticas formalmente, ele começou a atuar como arquiteto projetando seu primeiro estúdio, onde ele fala que foi "uma tarefa simples, eu simplesmente desenhei um diagrama e o construí. Certamente não pensei naquilo como 'arquitetura'. Mas daí todos ficavam falando que era 'arquitetura', então me tornei arquiteto.". Em seguida ele abriu o Fake Design, escritório que executou mais de 60 projetos, maioria na China. Mas a coisa não tem sido fácil: seu segundo estúdio, da foto acima, foi demolido pelo governo no ano passado (veja a demolição aqui) por "não respeitar as regras de planejamento".

Um casal mais conhecido pelos seus desenhos de móveis, Charles e Ray Eames também foram influentes no campo arquitetônico. Sua obra mais conhecida foi a "Eames House", a residência e estúdio do próprio casal, resultado da célebre série das Case Study Houses. Charles largou a faculdade de arquitetura após dois anos de estudo, e Ray estudou estudou história da arte na faculdade.














Tadao Ando, ex-boxeador e camioneiro, começou a trabalhar projetando pequenas obras para seus vizinhos. Com tempo ganhou experiência e aumentou a escala de seus projetos, e hoje é um dos arquitetos mais bem conceituado da atualidade, tendo ganho o prêmio Pritzker, popularmente conhecido como o "Nobel da Arquitetura". Aprendendo sozinho viajando nas redondezas de Osaka ele relata: "Eu queria me tornar arquiteto porque eu percebia tudo à minha volta e me dei conta que eu estava interessado naquilo. Mas eu não tinha dinheiro para ir para a faculdade então achei mais prático ir ver [arquitetura] por conta própria".


Frank Lloyd Wright é o arquiteto por trás da Fallingwater, ou a "Casa da Cascata", da imagem ao lado, provavelmente uma das casas mais reconhecidas do mundo. Não terminou a faculdade (que nem mesmo era de arquitetura), tendo ganho experiência técnica durante seu período como desenhista no importante escritório Sullivan and Adler. Ironicamente, foi reconhecido pelo American Institute of Architects (AIA, ou o CAU dos Estados Unidos) como o melhor arquiteto de todos os tempos.

Louis Sullivan é um daqueles arquitetos que quem não é da área normalmente não conhece, mas é considerado tanto o "pai do arranha-céu" como o "pai do modernismo", além de ser o autor da célebre frase "form ever follows funcion" ("a forma sempre segue a função", tradução livre). Foi sócio no escritório Sullivan and Adler, onde Frank Lloyd Wright trabalhou. Estudou apenas um ano no MIT, depois foi trabalhar para o arquiteto Frank Furness.

Não reconheceu o camarada ao lado? Ele se chama Walter Gropius, o fundador da Bauhaus ("Casa da Construção", na tradução literal do alemão), simplesmente a escola mais influente para a arquitetura, design e arte modernos. Filho de um arquiteto, Gropius foi um dos aprendizes de Peter Behrens, o arquiteto mais reconhecido da época. Apesar de ter estudado arquitetura durante alguns anos em Berlin e Munique, nunca se formou: sem diploma, sem licença no Brasil.




Pra mim esse é o cara dos caras: as obras do Mies van der Rohe são tão obsessivas com detalhes e com a técnica que Conrad Newel as descreve bem: "Sempre que vou a um edifício do Mies van der Rohe fico levemente intimidado. Me sinto como um invasor em outro mundo, um que é impecável, inequívoco e absoluto. Um mundo perfeito para pessoas perfeitas.". Mies não teve educação formal em arquitetura. Estudou em escola técnica, trabalhou como desenhista para uma empresa de reboco decorativo, para o designer de móveis Bruno Paul e, em seguida, trabalhou 4 anos para a lenda da arquitetura Peter Behrens, de onde saiu para abrir seu próprio escritório.

43 comentários:

  1. bacana o post anthony! parabéns

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    1. Isso aqui eu já já havia discutido e muito...muitos se escondem atrás do papel oi seja, por exemplo, quando alguém se forma em FILOSOFIA não significa que é ou será FILOSOFO e assim por diante, muitos se utilizam de papeis dentro da sociedade para ser mas na verdade não é.

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  2. Então vamos dar créditos aos curandeiros por aí, não tem formação em medicina, mas conheço muitos com sensibilidade e dom que de fato dão resultado, vamos torná-los médicos. Vamos enaltecer os dentistas práticos, e dar título de dentista. E por aí vai. O caso desses poucos arquitetos é exceção. E os milhares por aí que projetam a preço de banana, sem um mínimo de critério, sem um mínimo de arte, sem um mínimo de responsabilidade. Esses tem as pencas, e sempre algum engenheirozinho cobra uns tostões e assina por eles. Sim órgãos como o CAU são importantes e devem sim coibir esse tipo de prática, e ao invés de criticar deveríamos incentivar e colaborar para que as gestões melhorem, não vivemos numa anarquia onde todo mundo faz o que bem quer, então sim, projetar sem ter concluído o curso de arquitetura é exercício ilegal da profissão, concordo plenamente.

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    1. Oi Daniela, obrigado pela sua resposta.

      No entanto, em momento algum falei em dar títulos, certificados de conclusão de curso ou selos de qualidade para aqueles que não tem. Não defendo em momento algum a fraude, mas a possibilidade de contratar seja quem for competente para as necessidades do cliente.

      Meu ponto é que boa arquitetura não se cria através de legislação: se o seu pressuposto está correto necessariamente o Brasil deve ter boa arquitetura, já que se "garante" a qualidade através do CAU, e quanto maior a barreira de entrada maior a qualidade. Isso visivelmente não é verdade.

      Arquitetura, no passado, não tinha a mesma regulação e não há nada que indique que através da corporativização da profissão de arquiteto tenha aumentado a qualidade dos projetos.

      Você contrataria um "curandeiro" da arquitetura para fazer sua casa? Claro que não: irás procurar aquele que atende melhor na relação custo-benefício que você considera razoável, provavelmente um arquiteto "habilitado".

      Também me preocupo com as dezenas de milhões brasileiros que não tem condições de arcar com os custos da corporação profissional do Conselho, que acabam simplesmente sem orientação alguma já que qualquer coisa menos treino que um graduando é crime. Essas pessoas seriam melhor atendidas se existissem profissionais técnicos específicos para ajudá-los, o que hoje é impossível.

      Enfim, espero que consigas refletir sobre o assunto de maneira mais ampla.

      Abraços

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    2. Sim Daniela, esses caras são exceções. Mas é justamente isso que os órgãos reguladores não reconhecem, as exceções. No mais, é equivoco o nosso entendimento de 'autodidata' como alguém que não estudou. É como se 'estudar' fosse algo sacralizado pelas instituições acadêmicas e, pior, como se os que lá se formam de fato estudassem.

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    3. concordo com a daniela, estou aplaudindo de pé

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    4. Vamos nos lembrar que tambem existem dezemas ou centenas de arquitetos formados e reconhecidos que são totalmente incompetentes! O canudo não forma o bom profissional!

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    5. Que resposta genial... OMG!
      Comparar a complexidade e grau de criticidade da medicina com a arquitetura...
      Se fosse o caso, o enfermeiro operava e médico só dava os pontos, igualzinho 99% dos arquitetos fraquíssimos que o mercado encontra por aí fazem com calculistas e engenheiros, quando se precisa desse tipo de serviços sente-se isso na carne, pilhas de erros da conceituação aos parâmetros urbanísticos.
      Diplomas pague e leve aos montes Brasil afora...
      Ridículo é um arquiteto competente se morder que existiram caras melhores que eles sem precisar fazer carga horária teórica.
      Desculpe normalmente eu nem me meteria na sua opinião mas sua comparação foi descabida. E o cara que é bom nasce com isso com diploma ou sem diploma nos casos onde a arte e a inspiração são boa parte do ofício.

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  3. Anthony, Parabéns! Abaixo o engessamento da Arte e da Ciência, abaixo corporações de incompetentes! Liberdade aos Gênios! Criatividade e sabedoria independem de leis que reservam mercado aos que precisam de legalidade para existir, aos únicos a se doerem ante os capazes. Em 1971, eu, autodidata, dominava intimidade da alta tecnologia Univac, como técnico desses computadores no Brasil. Ouvindo um amigo, decidi dar tal conhecimento aos estudantes da UFSC e fui ter com o imbecil que mandava lá. O diálogo foi curto e grosso: VOCÊ TEM TÍTULO? Não. ENTÃO, VOCÊ NÃO NOS SERVE, PORQUE ESSE ASSUNTO SERIA A QUARTANISTAS OU QUINTANISTAS DE ENGENHARIA E, AÍ, SÓ COM TÍTULO VOCÊ PODERIA FALAR PARA ELES. Guardiões de leis, de títulos e do imoral, quem perdeu nessa universitária estupidez? O defensor de título, os estudantes, ou o Brasil? A quem citou médico, sintomático, mafioso defendendo outro, digo que quero SENSITIVOS e JAMAIS remédio, hospital, médicos, porque estes, além de não serem exemplos de saúde, não têm SOLUÇÃO para uma gripe, afora inúmeras doenças; não sabem curar, nem quando eles estão doentes; pior, não curam e não deixam ninguém curar, mesmo diante de lei que prevê crime em recusar socorro. Perseguem aos que rotulam curandeiros só porque estes não perderam tempo nas escolas donde aqueles saíram, cheios de empáfia, unidos aos "defensores" acima. Agarrados no C-qualquer coisa, recusam cuidar dos necessitados que pagaram seus caríssimos cursos de nada. PAU no CAU e todos os afins. Parabéns aos demais que não têm medo de serem Livres. Obrigado, Luiz Greff

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  4. Cara , o seu texto é totalmente equivocado, no sentido que voce pretende dar ao tema. Voce selecionou exemplos de pessoas que foram excepcionais em seu campo de atuacao, onde ter ou nao um diploma nao interferiu no conhecimento deles, e sim o exercicio empirico lhes deu o desenvolvimento das atividades de um arquiteto. Porem, levar a discussao por esse vies, so joga no lixo e invalida a forma como a nossa sociedade se organiza, e organiza o conhecimento cientifico para a formacao profissional. Do jeito que voce pinta, é a barbarie: todo mundo pode ser arquiteto, todo mundo pode ser medico, todo mundo pode ser qualquer coisa, sem passar pelo treinamento da universidade para tal. Ou seja: voce destroi o papel que a formacao academica tem na nossa historia, construida ao longo de anos de existencia. O que os conselhos fazem, eh garantir que quem vai exercer a profissao tal, passou por um treinamento formal e reconhecido por orgaos de analise e validacao ( no nosso caso, o mec) e que essa pessoa esta habilitada a exercer o oficio. Eh uma forma de proteger a sociedade de curiosos, pessoas nao treinadas e nao habilitadas a fazer coisas que poderiam assim, causar mal as pessoas. Os exemplos q vc citou sao excecoes, se fosse o normal, todo mundo era arquiteto, e nao apenas essas 10 que vc citou. Agora imagine que eu sou um cliente, leigo, e chego num escritorio de alguem que se diz arquiteto. A minha casa depois de algum tempo, desaba. Vou recorrer a quem? Quem sera responsabilizado? Nao tenho respaldo nenhum pra isso. Ja se um arquiteto formado for responsavel pelo erro que custou a vida de alguem ou prejuizo financeiro, o conselho da esse respaldo legal ao cidadao para ter seus direitos. Senao, vira festa! Nao eh que o conselho esteja protegendo os arquitetos unicamente com essas medidas, mas acima de tudo, a sociedade! Genios por ai existem poucos, mas de mediocridade, o mundo esta cheio! Com diploma, ou sem diploma, existem profissionais brilhantes ou mediocres, o que muda eh a responsabilidade legal que cada um tera. E tambem, eh mais facil ( provavel) um leigo cometer um erro crasso do que um arquiteto formado. Casos de autodidatas sao excecoes.

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    1. "sim o exercicio empirico lhes deu o desenvolvimento das atividades de um arquiteto."

      Se você aceitou o exercício empírico como desenvolvimento das atividades de um arquiteto, porque queres a proibição disso atualmente?

      Eu não acho que a organização do conhecimento na forma de universidade deve ser descartada, eu só não acredito que ela deve ser necessariamente obrigatória para exercer uma determinada profissão independente do nível técnico exigido por uma determinada tarefa.

      Além do mais, acredito que você está colocando valor demais na formação acadêmica existente, como se fosse uma garantia de conhecimento e qualidade, enquanto a prática mostra que está longe disso. Maioria do que se aprende na faculdade de arquitetura não é utilizado diretamente na prática, e acredito que isto é um dos grandes motivos do isolamento da profissão na sociedade e da desvalorização do papel do arquiteto na construção civil.

      Ao contrário do que você mencionou, casos de profissionais que aprendem com a prática e autodidatas não são exceções, mas foram a regra durante toda a história da humanidade: a regulamentação, espero, é apenas um pequeno hiato na nossa história. A regulamentação da profissão no Brasil foi feita apenas em 1933, durante a primeira ditadura de Vargas. Todas os bairros históricos não só brasileiros como do mundo inteiro foram construídos sem uma regulamentação da profissão do arquiteto e o resultado me parece muito positivo.

      Conselhos não dão a garantia que você menciona de forma alguma. Se isso fosse verdade não haveria construções informais, sem arquitetos, e edifícios nunca cairiam – e caem. Na prática a garantia é zero, pois a barreira de entrada no mercado se torna tão grande que maioria da população resulta à informalidade. Ele diz que vai garantir, você gostaria que ele garantisse, mas não há prova alguma que ele dá essa garantia de fato.
      Ao mesmo tempo, não sou contra instituições que dão certificados de qualidade para diminuir a assimetria de informação entre cliente e provedor de serviço. Não vejo problema algum em pessoas fazendo faculdade de arquitetura e tendo selos do MEC, e inclusive acredito que grande maioria das pessoas contrataria apenas profissionais certificados para executar seus serviços, exatamente da mesma forma que ocorre hoje. Acredito, apenas, que a diminuição da barreira de entrada no mercado possibilitaria não só um aumento da concorrência na profissão e, consequentemente, um aumento de qualidade, incluindo todos aqueles que tem treinamento técnico e prático e não apenas acadêmico, além do surgimento de profissionais “intermediários” para atender a grande massa da população que hoje carece de qualquer tipo de auxílio já que um profissional 100% certificado pelo CAU e pelo MEC é caro demais.

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    2. Pergunte ao resto do mundo se as leis deles não evoluíram e se ainda hoje a profissão de arquiteto não é regulamentada. Existe diferença entre fatalidade, negligência e imprudência. Todo ser humano erra e pode ser vitima de uma fatalidade, ser imprudente e negligente é opção.
      No mais não conheço profissional 50% certificado pelo CAU, e não conheço pessoas recebendo selo do MEC. Tão pouco há barreiras para se tornar arquiteto, basta ir para a faculdade e estudar um pouco, é um caminho e não uma barreira.

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    3. Quem nasce artista, designer ou arquiteto, independente de faculdade ou não, faz valer a arte pela sua originalidade e personalidade e não pelo o que os outros falam ou ditam.

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  5. E outra coisa: ja existem profissionais tecnicos habilitados para atender projetos de menor escala e menor custo, que estao ironicamente, ligado ao crea: tecnicos em edificacoes, que voce disse ali em outro comentario que hj em dia nao existe isso. Voce desconhece essa profissao?

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  6. Olha...se todo charlatao que andasse por ai fosse tao bom qnt mies van der rohe, estariamos feitos. Que pena que a imensa maioria eh mediocre, h? Abraços! Ass: arquiteto ( com diploma) chora, recalque. Tirem a bunda do sofa e vao se formar, assistir aula eh bom pra vcs pararem de pensar tantaaa aa besteira.

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    1. Sou arquiteto e urbanista com diploma pela UFRGS.

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  7. Contratar um arquiteto, diplomado, parece caro para a maioria da população, mas na verdade não é. O que ocorre é que a profissão de arquiteto está ainda rodeada de uma aura de sofisticação, glamour, charme, requinte e outras tantos adjetivos próprios das colunas sociais. Minha experiência pessoal em 7 anos de exercício de arquitetura tem sido construída por projetos para todas as classes sociais. A primeira coisa que procuro desmistificar é a questão dos custos. Sempre cobro um valor proporcional ao custo estimado da obra, como um serviço que acrescenta um pequeno percentual sobre esse custo mas também resulta em um projeto que permite executar a obra com melhor definição do escopo, da forma de contratação, das soluções a serem adotadas e consequentemente de custo. É o arquiteto fazendo o design, que na sua origem significa não apenas projeto, mas desígnio, desejo, objetivo a ser alcançado. Deste modo, admiro os exemplos mostrados, afinal o empirismo fez "a roda" dos tempos mais remotos até a revolução industrial, mas vivemos em outra era, do conhecimento científico, de outra forma de se preparar para o mundo. Não é abrindo a profissão para qualquer um que se autodenomine arquiteto que vai resolver o problema de acesso à arquitetura de qualidade, mas buscar contextualizar o ensino e prática da arquitetura com uma realidade mais democrática, onde será digno projetar desde um popular "puxadinho" para uma família que vive numa área de interesse social até um arranha céu para uma grande corporação multinacional. Amo nossa profissão e fui formado em uma universidade pública (UFRN), fui o primeiro da família, desde sua origem, a obter um diploma de superior, não posso enxergar a relação arquitetura e sociedade de forma diferente.

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    1. Oi Anônimo, obrigado pelo comentário.

      No artigo não quis mostrar que um arquiteto sempre tem um preço nominal alto, mas que muito frequentemente não tem uma boa relação de custo benefício e que nem sempre o diploma significa qualidade, ou vice versa. Eu também sou arquiteto formado, mas reconheço que nossa "classe" se beneficia por estar protegida da concorrência de outros profissionais, que em vários casos poderiam ser mais eficazes cobrando menos.

      Em seguida, acredito equivocado a sua distinção de "eras de conhecimento", onde primeiro havia o empiricismo e depois o cientificismo. O progresso da ciência sempre se embasou em experimentos empíricos, tentativas e erros em simulações e assim funciona até hoje. Ao contrário, acredito que é justamente o afastamento do empiricismo, do processo construtivo e da prática na Faculdade de Arquitetura que não só o desvaloriza no mercado mas cria uma enorme classe de "Star Architects" que projetam formas esculturais que não funcionam na prática mas estão defendidas pela "teoria". Este tipo de prática denigre a nossa profissão, e é este tipo de arquiteto que a restrição de mercado forma.

      Exigir um arquiteto formado pra construir um puxadinho do morador da periferia? Grande maioria desses moradores discorda, e nem mesmo eu que sou arquiteto formado ousaria discutir com essas pessoas para exigir meus honorários.

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  8. Le Corbusier era formado?

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  9. Qdo esta doente, procura um médico ou curandeiro? Se a profissão existe e é regulamentada, pq não estudar? Sendo bem simples e básica, um arquiteto, nasce arquiteto. Arquitetura é uma arte, e se vc não tem este dom, não adianta estudar, jamais será um arquiteto. Mas se vc já tem o dom, pq não estudar? É a lapidação, absorção, conhecimento e crescimento. Vc citou estes arquitetos maravilhosos q não se formaram.Uma raridade, faltou tb o nosso Oscar Niemeyer que era formado pela Escola de Belas Artes, ainda não existia Faculdade de Arquitetura no Brasil. Mas o mundo mudou tanto, cresceu tanto, se não existir a regulamentação da profissão, não acha que se tornaria uma "bagunça" geral? É claro que diploma não é sinônimo de bom profissional, mas é sim necessário e obrigatório, sou de acordo com as regulamentações do Conselho. E, sou estudante do último período de Arquitetura e Urbanismo.

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    1. Anônimo, obrigado pelo comentário! Tento responder suas perguntas abaixo:

      - Qdo esta doente, procura um médico ou curandeiro?
      Nem todos procuram médicos formados porque nem todos tem capacidade financeira para contratar um médico. Ou paciência para esperar na fila do SUS. A regulamentação da medicina – assim como a regulamentação da arquitetura – apenas cria uma barreira artificial na oferta de mão de obra para este serviço estabelecendo um padrão de qualidade mínimo (ainda de qualidade duvidosa, pois depende da universidade) para todos os profissionais. Quem não tem condições de obter esse padrão mínimo de qualidade cai na ilegalidade, no mercado negro e, infelizmente, nos curandeiros.

      - Se a profissão existe e é regulamentada, pq não estudar?
      A questão que coloquei em pauta é a regulamentação ou não, e não estudar ou não.

      - Mas se vc já tem o dom, pq não estudar?
      Na minha opinião quem tem o dom pode estudar ou pode não estudar, a decisão cabe à pessoa. Mas discordo quando você fala que arquitetura é uma arte que não adianta estudar: é uma profissão muito técnica e estudo sempre faz diferença na formação do profissional.

      - Mas o mundo mudou tanto, cresceu tanto, se não existir a regulamentação da profissão, não acha que se tornaria uma "bagunça" geral?
      Primeiro, pergunto de forma objetiva o que mudou nesse mundo que justifique a regulamentação, pois o fato de termos mudança e crescimento por si só não me convencem. Moramos e usamos edificações de décadas, séculos de existência e ninguém se importa se o arquiteto foi ou não formado em uma universidade. Não sei porque de repente isso virou uma obrigação.

      Em seguida, lembro que hoje no Brasil existem milhões de pessoas morando em favelas que não tiveram um único arquiteto envolvido, apesar da regulamentação existir em todos os municípios onde favelas existem. A regulamentação melhorou ou piorou esse cenário? Será que com menos regulamentação não teríamos técnicos intermediários que poderiam ajudar essas comunidades com um preço mais acessível?

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    2. A homeopatia saiu de curandeiros e hoje já habita as universidades , assim
      que se faz....

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  10. Anthony, vi que você é formado em arquitetura e foi por uma federal, certo? Quando você fez a sua faculdade perdeu no mínimo 5 anos de sua vida sendo privado do convívio de seus parentes e amigo (se no seu caso teve que mudar de cidade) mesmo sendo um ensino público deve ter tido um gasto alto com material certo? Passou dias sobre uma prancheta ou computador pesquisando, desenhando, calculando, etc...
    Como pode uma pessoa que investiu em seu conhecimento apoiar uma pessoa que tão pouco se esforçou para passar num vestibular, que não teve que se afastar da família e nem gastou horas e horas afinco para conhecer um pouco da técnica, digo pouco pois são nos estágios e no dia a dia que nos lapidamos e chegamos ao amadurecimento da técnica. Se uma obra sua cair e espero que não cause a morte de pessoas tenho certeza que você prontamente em honra ao seu diploma irá se colocar para descobrir a falha técnica ou imperícia. Porém a cidade está lotada de charlatões que constroem e tentam construir usando a mesma titularidade do que a sua porém sem o respaldo do mesmo conhecimento que você levou anos para conseguir. Você acha justo ele ser considerado tão bom como você? Inclusive concorrer deslealmente com você cobrando infinitamente mais baixo por não ter investido nada para isso. Reflita e me diga: Será o CAU o seu amigo ou inimigo?! Pare de bater em quem foi criado para nos proteger e trabalhar com tranquilidade, participe do Conselho e tente buscar melhorias e crescimento e pelo amor de Deus honra o diploma que batalhou para ter na parede. Op's você deve ser um daqueles que esconde o diploma no fundo do armário com vergonha de ter feito corretamente uma faculdade de arquitetura. Abraços e que tenha bons projetos!!!

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    1. Grasiela, obrigado pelo comentário!

      Você tocou em vários pontos, tento respondê-los com o seguinte pensamento:

      É EXTREMAMENTE importante diferenciar um charlatão - que comete o ato de FRAUDE - do cidadão que aprende arquitetura por outros meios se não uma universidade homologada pelo governo.

      Um charlatão mente. Diz que é arquiteto, que sabe o que está fazendo mas, na verdade, não sabe. Um charlatão é um criminoso e deve ser, sim, tratado como tal.

      Isso não significa que um cidadão não pode aprender arquitetura - suas técnicas, seus meios, suas necessidades - por outros meios, como a própria prática (que é, na verdade, como foi a prática arquitetônica durante grande parte da humanidade e como é em países com regulações profissionais diferentes da nossa). Entendo que tais cidadãos, como são estes enumerados nesta postagem, são sim arquitetos e devem ser respeitados como tal, e não jogados em uma cela.

      Isso também não significa que essas pessoas "vão ser consideradas tão boas quanto eu", já que o diploma pouco importa para isso. Tadao Ando cobra muito mais que eu, e talvez outro arquiteto formado em outra universidade cobre menos. Talvez um arquiteto que tenha se formado em uma universidade privada menos reconhecida que a minha cobre muito mais. Não me importo com isso e não acredito que é isso que define quanto um arquiteto deve cobrar, mas sim a qualidade de fato do seu trabalho.

      A universidade é um local que reúne conhecimento, informa sim que existe ALGUMA qualidade para o cliente (embora seja uma informação muito imprecisa, que está longe de GARANTIR qualidade) e que nos permite, sim, ter orgulho de ter cursado.

      Por fim, você falou muito bem: entendo que o CAU foi criado para proteger arquitetos formados, e não os clientes de arquitetos e nem a Arquitetura, o que não me parece ser um objetivo louvável. Devemos ser protegidos pela nossa própria competência, e não por um órgão que restringe a prática, a experimentação e a disseminação do conhecimento para proteger uma determinada classe profissional.

      Abraços
      Anthony

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    2. isso eh um equivoco, o Cau não foi criado para proteger arquitetos... o Cau existe para que as relações entre profissional e clientes sejam justas, amparadas por lei.
      Lembrando q a universidade eh um local de ensino, pesquisa e extensão. Tudo que se vê na faculdade esta permeado pelo método científico, arquitetura é ciência e não achismos.
      Noutro ponto, supor q o Cau garante ao arquiteto reserva de mercado é totalmente incorreto, tanto eh que em pesquisa recentemente divulgada podemos observar que 85% da população não recorre a arquitetos ou engenheiros na hora de construir, e é justamente nessa parcela que se encontram as construções de pior qualidade. A existência ou não do Cau não interfere na concorrência entre arquitetos e outros "profissionais" q atuam na área, estes podem atuar com o auxilio ou não de profissionais devidamente qualificados, mesmo todos os sábios citados foram amparados por outros profissionais qualificados... supor q o livre mercado melhoraria os nivel das construções é totalmente equivocado, quem quer trabalhar com qualidade não tem problemas em estudar, faculdade não é perda de tempo, é um local para adquirir e gerar conhecimentos que sempre serão postos a prova... um homem pode construir mil casas q não caiam e isso não significa q essas bons projetos são...

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    3. Olá Anônimo, obrigado pelo comentário!

      Acredito que você está misturando a causa e a consequência. As pessoas não recorrem a arquitetos para construir justamente porque o mercado é protegido. Uma concorrência maior no mercado de arquitetura, sem tal reserva de mercado (que é o que ocorre na prática, independente do objetivo pelo qual ele foi criado), leva a maior qualidade com menores preços, aumentando a acessibilidade de uma boa arquitetura.

      Abs!

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    4. sinceramente acho q não, a construção informal eh pré cau e não uma consequência dele. As pessoas não recorrem a arquitetos ou engenheiros pela ilusão de economia, pela popularização da ideia de q o serviço prestados pelos mesmo são caros, o q hoje falácia, visto a popularização da profissão com a proliferação de faculdades do tipo pagou/formou. Se o mercado eh protegido, por consequência as pessoas deveriam obrigatoriamente recorrer aos serviços de profissionais habilitados, o q de fato não ocorre. Quem toma frente a maioria das construções no Brasil são pedreiros e mestres de obras sem qualificação, vc pode conferir observando como estes operários trabalham em diversos "tutoriais" espalhados pela internet e contabilizar os erros, se não acreditar de um rolê pelas auto construções de sua cidade e observe, esses são os profissionais q mais atuam no país vendendo um falso conhecimento. Noutra ponta, a concepção espacial esta repleta de micreiros, pessoas q dominam alguns softwares de representação gráfica e acreditam q isso é o bastante para realizar um projeto (aqueles q acreditam q projeto eh soh desenho). Não há como confundir causa e consequência se a suposta consequência já existe muito antes da causa (CAU). Como já foi dito, os exemplos citados são exceções e não regra, ainda assim todos foram estudiosos, enquanto aqui o q vemos na construção civil é a galera q fugia da escola, que não busca o conhecimento e apenas reproduz aquilo q toma como certo. Uma pessoa pode misturar concreto a vida toda, mas isso não garante que ela saiba o que está fazendo. Há estudos que demonstram que praticamente todos os concretos batidos em obras não obtém o Fck mínimo requerido por norma. Como fica? Quem se responsabiliza? Quem está comprando gato por lebre? E quando alguém vai lá e constrói em área ilegal ou invade o terreno alheio? E o desperdício? E a falta de conforto ambiental? A falta de pressão no chuveiro e a queda de energia quando ligam 2 chuveiros ao mesmo tempo? Os quintais sem área permeável? As impermeabilizações que viram e mexem precisam ser refeitas? A agua que não corre pros ralos?...

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    5. Caro Anônimo,

      Eu concordo plenamente que a construção informal já existia e que o CAU não é "o responsável" por ela. Adiciono: construção informal é o nosso "estado natural"... qualquer técnica ajuda a tornar esse processo melhor.

      O que eu falei é que o CAU aumenta o número de construções informais precárias ao estabelecer um "padrão mínimo" para as construções. Claro que um arquiteto, normalmente, tem mais técnica que um pedreiro. Claro que ele ajuda a melhorar a qualidade de uma construção. No entanto, por mais barato que você acredite que seja um arquiteto, o pobre brasileiro não tem condições de contratá-lo. O que ocorre, na prática, é que toda uma zona intermediária de profissionais entre o pedreiro e o arquiteto são considerados CRIMINOSOS já que qualquer coisa que se assemelhe com arquitetura sem um diploma é motivo de perseguição.

      Outra coisa: eu nunca falei que técnica é desnecessária, que podemos confiar em qualquer um que presta serviço, ou que qualquer prestador de serviço é equivalente a um arquiteto, como você deixa entender em inúmeras ocasiões na sua resposta. Como falei em outro comentário, fraude é e deve continuar sendo um crime, pois é uma quebra de contrato de um serviço prestado.

      Você depois passa a enumerar algumas de questões que não tem pouco a ver com a prática ou o projeto de arquitetura. Me mostre um arquiteto que controle o FCK do concreto, pois já conheci centenas e nenhum faz esse tipo de trabalho. E me diga como a invasão de propriedade tem a ver com técnica de construção. Já controle de desperdícios em obra normalmente é uma pesquisa ou tarefa relacionada à construção civil, e são poucos arquitetos que fazem tal controle, assim como os próprios projetos de elétrica e hidráulica que você tangenciou.

      Se fosse o caso de termos toda a construção civil brasileira orientada por arquitetos - como me parece que você propõe - teríamos que multiplicar o número de arquitetos exponencialmente. Não só para atender todas as pessoas mas como para tornar o serviço tão abundante que o preço caísse a ponto de entrar no orçamento da pobre família da periferia. No entanto, não acredito que isso seja possível, tamanha a barreira de entrada que existe para se formar arquiteto justamente por causa do CAU, que você defende.

      Ou seja, a sua solução é simplesmente impraticável. Ou então é algo que você tem uma boa explicação de como resolver.

      Abs
      Anthony

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  11. Faltou o Le Corbusier! Abçs.

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  12. o arquiteto/engenheiro supervisionam obras e "garantem" q construçoes nao sejam executadas em locais ilegais. Também é dado conhecimentos para projetos estruturais, elétricos e hidráulicos a arquitetos, assim como direção técnica de execução de obras/administração, se o arquiteto opta apenas por fazer projetos arquitetônicos é por escolha, o motivo da escolha são inúmeros. Fato é que não há necessidade de centralizar todos os serviços quando existem inúmeros profissionais habilitados para faze-lo. No mais, o numero de profissionais cresce em larga escala, dada as inúmeras faculdades particulares que se espalham por ai, muitas das quais o que garante o diploma é o pagamento da mensalidade e não as habilidades adquiridas (e provavelmente este seja outro motivo pelo qual os arquitetos não se arrisquem além do mero projeto arquitetônico). No mais, se o senhor desconhece, é garantida a família de baixa renda o serviço de tais profissionais, Lei 11.888. Não há desculpa que não existe dinheiro para pagar, o que falta é informação.

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    1. Caro Anônimo,

      Mais uma vez, obrigado pela participação e pelo debate aberto, o que me motiva a continuar escrevendo.

      Permita-me, no entanto, discordar. O meu entendimento é que você está partindo de uma visão idealizada da legislação: o arquiteto *deveria* fiscalizar os terrenos e *deveria* atender a população gratuitamente, então está tudo resolvido. Pois eu me atento mais às consequências do que às intenções, e claramente não é isso que ocorre - o meu ponto no último comentário. O fato da lei existir não é garantia alguma de que ela deve ser cumprida e, mesmo se fosse, não haveria flexibilidade de mercado suficiente para chegar a esta abrangência na população por causa das restrições do MEC para aprender arquitetura. Se você não acredita que é uma barreira, não importa absolutamente nada o tempo do curso: poderia ser 5 anos ou 40 anos, já que faz tudo parte do aprendizado. Quando colocamos em perspectiva fica claro que é uma barreira: quanto mais tempo, maior a barreira.

      Você mesmo coloca que em muitas faculdades - devidamente creditadas - é apenas pagar a mensalidade para ganhar o título. Ou seja, a barreira se torna estritamente financeira! Que tipo de garantia de qualidade é essa que você defende?

      Quanto a exemplos de lugares onde a universidade não é necessária para regulamentar a profissão, há vários, melhor exemplificados aqui: http://www.archsoc.com/kcas/RegulatingArchitects.html

      Abs
      Anthony

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  13. Como en todas las profesiones, existen personas que nacen con un don... lamentablemente la gran mayoria de los que obtuvieron el titulo no poseen ese don, pero ellos creen que gracias a él deven ser llamados de "arquitecto". No creo en curanderos, pero devemos reconocer que ellos poseen la sensibilidad que muchos enfermos necesitan, y de hecho, muchos acaban curándose porque el curandero le dio la atencion y dedicacion que el medico, subido a su pedestal, no dio... Precisamos de mas humildad, sensibilidad...de donarnos para quien nos contrate porque es a él a quien nos devemos. Nuestra preocupacion deve ser la del estudio permanente, actualizacion constante con sustentabilidad y con todas las innovaciones que reflejen nuestra preocupacion con el medio ambiente y con el ser humano, trabajar mucho para mejorar esta realidad de moradia angustiante... dividir el espacio con profesionales especializados en otras areas y no querer abarcarlo todo, solo asi... podremos ser llamados de verdaderos Arquitectos!!!!

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  14. No "País dos Puxadinhos", exercício legal da profissão de arquiteto é IRRELEVANTE!

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  15. Anthony, te amo.

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  16. Outros tempos. Inconcebível nos dias atuais. O que me preocupa, é muito "design", atuando como arquiteto e arquitetos(principalmente em lojas de móveis modulados), atuando como meros vendedores de móveis, porque tais lojas, em sua grande maioria, não assinam a carteira do profissional como arquiteto, mas o apresenntam como tal aos seus clientes. Se os ficais do CAU visitassem essas lojas, iriam descobrir muitas irregularidades. Quanto aos arquitetos citatoa no texto, como disse no início, de uma época mais romântica da arquitetura. Esses senhores são objeto de estudos naa faculdades de arquitetura. Mas volto a dizer, a maneira como eles chegaram lá, é inconcebível nos dias atuais, meramente porque hoje, se faz necessário a regularização legal da profissão.

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  17. A Arquitetura está acima do arquiteto. Claro que é o mas capacitado, assim como a matemática não pertence aos matemáticos, a filosofia não pertence aos filósofos...Um pedaço de papel não garante um bom profissional.

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  18. TAMBEM NÃO SOU ARQUITETO !!!!

    https://www.facebook.com/PLANTAS.MAQUETES/

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  19. Ainda bem que é apenas o seu ponto de vista não é? Totalmente equivocado.....
    Para cada caso como esses que você cita, existem centenas de profissionais ditos "autoditadas" fazendo besteira por aí..

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  20. No caso do Tadao Ando, o Conselho do Japão é diferente. Lá não basta ser graduado, precisa fazer uma prova (tipo exame da OAB), somente com a aprovação desse exame que o Conselho permite exercer atividades de arquiteto. Ou seja, no Japão, a faculdade é somente para preparação à esse exame. E obviamente o Ando foi aprovado quando prestou o exame. E ele mesmo afirma que aprendeu tudo quando começou a trabalhar em um escritório de arquitetura. Após aprovação no exame do CAU japonês, recebeu seu registro (número 79912, pode verificar), que ao longo de sua carreira, recebe o titulo de: "Arquiteto de primeira classe". O cara ainda foi nomeado Professor emérito da Universidade de Tóquio... E claro, como diz no início da matéria, talvez o Ando não conseguiria o seu CAU aqui no Brasil, nem atuar como arquiteto em território brasileiro, já que aqui a exigência absoluta de uma graduação é indispensável.

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  21. Eu como eletricista digo tem muito arquiteto meia boca que tem diploma e não sabe de nada se não fosse os pedreiros bombeiros eletricistas e as ligas de onde eles compram e recebem os 10% estavam ferados

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  22. Quem e o CAU/BR para pender Tadao Ando ou Frank Lloyd Wright ou Mies Vander Rohe? Tadao ícone do regionalismo crítico, Wright um dos percussor do Modernismo junto com Le Corbusier. Mies V. Rohe um ícone europeu da arquitetura. Qualquer um dos três humilha qualquer arquiteto na história do Brasil, quanto mais o cau ou crea. Só rindo mesmo.

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  23. Parabéns pela postagem, sem duvida é uma questão muito pertinente, a massificação do acesso ao ensino superior não veio acompanhada da busca pela qualidade efetiva deste ensino, tornando as universidades verdadeiros balcões de diploma... creio que a regulamentação da atuação como arquiteto é de fato fundamental devido as implicações de responsabilidade técnica envolvidas, mas a emissão de titulo de arquiteto talvez poderia ser de responsabilidade somente do órgão profissional através de exames nacionais públicos, a que pudesse se submeter qualquer cidadão, inclusive sem comprovação de carga horária em instituições de ensino, cabendo a estas somente o treinamento opcional para tais exames. Enfim a discussão é ampla, estou elaborando uma dissertação de mestrado sobre ensino e aprendizagem em arquitetura que levarei em conta tais aspectos e citarei inclusive este post, abraços, Alex.

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  24. Poderíamos resolver este problema:
    CAU faria um exame de ordem(teórica e pratica) igual para arquitetos formados de maneira formal e arquitetos autodidata,sendo assim a capacidade seria examinada pela prova de conhecimentos.

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