15.3.13

Governo do Rio de Janeiro mata 65 toneladas de peixes

65 toneladas de peixes são mortos esta semana na Lagoa Rodrigo de Freitas
por descaso do setor público. [Fonte imagem: R7]
O Governo do Rio de Janeiro acaba de matar centenas de milhares de peixes esta semana na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

A mídia e as secretarias municipais culpam o clima, as chuvas, a superpopulação de peixes na lagoa, mas eu vejo um único responsável: os gestores e proprietários da Lagoa Rodrigo de Freitas, seja Estado ou Município.

Se eu sou proprietário de uma lagoa (ou até mesmo de um aquário) e todos os peixes de dentro morrerem, quem é o responsável? O clima? Os próprios peixes que decidiram se multiplicar? A tentativa de se esquivar da responsabilidade é uma atitude infantil: temos não só o poder mas os incentivos necessários para cuidar dela, já que caso contrário teremos um grande prejuízo com nosso ativo.

"Ah!", alguns exclamam, "mas todos os cariocas são donos da Lagoa, então eles também são responsáveis!". Claro que não. Cidadãos cariocas não tem poder decisório algum sobre a Lagoa Rodrigo de Freitas. Esta é justamente a ideia de elegermos responsáveis, gestores, governantes, que tem um dever legal de cuidar do patrimônio público.

Com o prejuízo disperso por toda população do Rio de Janeiro e com a garantia de que os impostos continuarão entrando seja qual for o resultado, ninguém parece fazer muito alarde. É um daqueles momentos em que o termo "servidor público" parece não fazer sentido: uma triste inversão de papéis.

Fico imaginando este desastre na lagoa de uma pequena empresa. Um grande ativo (65 toneladas de peixes!) destruído, tendo ainda que gastar recursos para jogá-lo no lixo. Um prejuízo monstruoso. Imagino clientes, acionistas, o conselho e a opinião pública furiosos, ligando para os administradores para acertar contas sobre o que aconteceu. Investigações internas seriam feitas, pessoas seriam despedidas e teria um aumento no valor do seguro, com prejuízos ainda maiores em possíveis multas ambientais. Os administradores, caso não tivessem boas explicações, iriam para a rua.

Tá na hora de botar gente pra rua.

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