26.8.13

Um passeio no Minhocão, uma vista para o Centro


Ontem fui caminhar no Minhocão (Elevado Pres. Costa e Silva). Da época da Ditadura Militar, a obra foi uma das maiores (senão a maior) aberrações da gestão do Maluf em São Paulo. O viaduto desvalorizou não só os prédios como todas as adjacências por onde ele passa. As paradas de ônibus que existem embaixo dele hoje são escuras e perigosas, com inúmeros pontos de crack. O trânsito de São Paulo hoje é um dos piores do mundo e hoje o Minhocão tem muito mais valor como área de lazer do que de trânsito: fecha para pedestres aos domingos e feriados e é palco de festivais como o BaixoCentro e a Virada Gastronômica.

Infelizmente a ideia de que o trânsito se resolve com grandes obras públicas continua, principalmente em Porto Alegre. O novo Viaduto Pinheiro Borda, ao custo de R$26.639.035,45, vai acabar com um dos trechos mais marcantes da Orla do Guaíba e piorar o trânsito da cidade a longo prazo. Nada difícil de prever, pois é o resultado de praticamente 100% das construções de viadutos na história das cidades. Não ouvi nada da Prefeitura até o momento sobre permitir adensamento das zonas centrais e empreendedorismo em transporte, medidas que tem custo ZERO para o bolso do cidadão com resultados enormes em mobilidade.

Na foto, ao fundo, o Edifício Altino Arantes, no Centro de São Paulo. Construído entre 1939 e 1947 e inspirado no Empire State Building, foi o edifício mais alto de São Paulo durante quase 20 anos. Assim como Porto Alegre, o Centro de São Paulo é um dos melhores lugares da cidade para se andar a pé, justamente por causa da densidade. Pena que não fazemos nossas cidades como antes.

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