Em Gravataí, gorjeta para carona é crime

Operação prende "transporte ilegal" na cidade de Gravataí, RS.

[Fonte imagem: ClicTribuna]

Na cidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul, ao invés de prenderem criminosos de verdade a polícia fez uma operação especial com 30 policiais militares e agentes de trânsito para prender cidadãos que dão caronas como fonte extra de renda.

Por incrível que pareça, a ação é encabeçada não só pela Brigada Militar mas também pela Secretaria de Mobilidade Urbana, mesmo sendo uma ação que diminui o pequeno transporte coletivo na cidade. O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Junior, afirma que a fiscalização e o combate ao transporte ilegal são ações permanentes e que cidadãos que dão caronas são "um risco para quem o utiliza", apesar de claramente serem de maior qualidade que o transporte público local.

Ações como essas são extramemente perigosas para a viabilidade brasileira de aplicativos de smartphone que viabilizam caronas compartilhadas como Über, Lyft e Sidecar, que devem receber versões brasileiras similares em breve. Os aplicativos são tão eficientes que, durante a greve do transporte público em San Francisco ("capital munidal" para estes aplicativos), eles tiveram aumento de 50% no número de veículos, resolvendo o problema de de forma espontânea e utilizando veículos e infraestrutura existente. Para isso, as cidades brasileiras precisam reformar sua legislação para permitir concorrência e inovação no transporte coletivo.