A sustentabilidade ambiental na arquitetura (e em tudo mais que quer ser ambientalmente sustentável) pode ser defendida com 2 argumentos:
1) Os recursos naturais estão acabando, principalmente combustíveis usados para energia. Se continuarmos construindo da mesma maneira, a Terra se tornará em um lugar escuro, poluído e inabitável.
2) O uso da edificação produz CO2 em excesso, principalmente no gasto de energia elétrica, proveniente de combustíveis fósseis, que está provocando mudanças climáticas que já apresentam consequencias horríveis no planeta, e piorarão no futuro se não tomarmos ação.
Então, em contagem regressiva, meus 8 motivos favoritos para não ser sustentável:
8) Não podemos aceitar ambos argumentos simultaneamente. Se os recursos naturais acabarem, não teremos mais o que queimar e produzir CO2 na atmosfera. Fonte
7) Os argumentos não levam em conta a relação de preço relativo à escassez. Se os recursos naturais diminuírem, eles ficarão mais caros, fazendo com que as pessoas os gastem menos, chegando na sustentabilidade via alternativa de mercado. Isso só não acontecerá se os governos continuarem subsidiando os preços de energia elétrica e da água por considerá-las "direitos do cidadão". Se quiserem fazer política social, então que implementem o imposto de renda negativo. Se quiserem ser sustentáveis, deixem o preço da energia livre. Senão um dia vamos ligar a torneira para lavar nossa calçada e não veremos água saindo da mangueira.
6) Recycling is bullshit.
5) O número de escândalos, posições contrárias e dissidentes do grupo defensor da tese alarmista de mudanças climáticas aumenta todo dia. Uma rápida busca no Google confirma essa afirmação.
4) Sustentabilidade ambiental não é de graça. O dinheiro que é gasto em edifícios sustentáveis em locais em que isso não seria economicamente necessário (qualquer centro urbano que esteja conectado ao grid de infraestrutura) poderia estar sendo gasto em milhares de outras coisas que realmente podem ajudar a melhorar o mundo. Escuta esse cara que você entenderá melhor.
3) Existem muitas outras maneiras muito mais preocupantes de causar uma catástrofe para a humanidade, em um espaço de tempo muito mais próximo. Duas delas são o supervírus e a guerra nuclear. Que tal a gente investir em salvarnos disso do que construir telhados verdes?
2) Adaptação, investimento em infraestrutura é muito mais barato que sustentabilidade. Só se você acha que U$45 trilhões é pouco. Qualquer país desenvolvido está mais protegido contra qualquer impacto ambiental no futuro que um subdesenvolvido. Pedir para os pobres não se desenvolverem para ser sustentáveis é muita falta de respeito.
1) Cada vez mais estamos à mercê de políticas que tiram nossa liberdade com a justificativa de sustentabilidade. Estão acabando com os carros, obrigando-nos a reciclar, tornando árvores privadas em propriedade do governo, aumentando os impostos para subsidiar painéis solares entre outros gastos estúpidos e fazendo lavagem cerebral nas crianças. Até onde isso vai?
Adicionado 18/6: Me expressei de forma errada ao escrever apenas "acabando com os carros" no item 1, já que a quantidade de carros nas cidades é muito acima do nível ótimo dada à situação de tragédia dos comuns com as ruas. O problema é acabar com os carros de forma arbitrária, e não através de políticas de mercado como taxas de congestão, citadas neste blog aqui.
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Environmental sustainability in architecture (and anything else that wants to be environmentally sustainable) can be defended with 2 arguments:
1) Natural resources are ending, mainly because os fossil fuels used for energy. If we continue building the way we do today, Earth will become a dark, polluted and inhabitable place.
2) Buildings consume too much CO2, mainly because of energy consumption (which usually comes from fossil fuels) which is producing climate change which already have horrible consequences to our planet, and will get worse in the future if we don't take action.
So, in a countdown, my 8 favourite reasons not to be sustainable:
8) We cannont accept both arguments simultaneously. If natural resources end, we won't have any to burn and produce CO2. Source
7) Arguments don't consider the scarcity effect on price. If natural resources lower in quantity, they will get more expensive, making people consume less, reaching sustainability by a market force. This will not happen if governments continue to subsidize energy prices and water prices by considering them a "citizen's right". If social welfare is wanted, let there be a negative income tax. Is sustainability is wanted, let the price run free. Or else it'll be true that we will one day open our faucet to wash our sidewalks (as it is done in Brazil) and water won't come out of the hose.
6) Recycling is bullshit.
5) The number of scandals, opposing positions and dissidents from the climate-change-scare theory grows every day. A quick Google search will confirm this.
4) Environmental sustainability is not free. Money spent in sustainable buildings in places where it would'nt be economically sound or necessary (urban centers conncected to the infrastructure grid) could be spent in thousands of other ways to actually make the world a better place. Listen to this guy and you will understand what I'm talking about.
3) There are many other scarier, faster and more realistic ways humanity may face a future catastrophe. Two of them are superviruses and nuclear wars. How about we invest on saving ourselves from these instead of building green roofs?
2) Adaptation and investment in infrastructure is much cheaper than sustainability. Only if you think that U$45 trillion is not much. Any developed country is more protected against environmental changes or disasters than a underdeveloped one. Ask the poor not to develop so they are "sustainable" is just nonsense.
1) Day by day we face policies that take our freedom away for the benefit of sustainability. They are taking our cars away, forcing us to recycle, turning trees into government property, increasing taxes to subsidize solar panels amogst other stupid spending and brainwashing our children. When will it stop?
Added 18/6: I expressed myself wrong by writing only "taking our cars away", as it seems to me that the quantity of cars in cities is far above optimal given the situation of the tragedy of the commons with roads. The problem is taking our cars away arbitrarily, and not through market policies such as congestion prices, already mentioned in this blog here.
Cheguei aqui através de seu post de 30.4.11. A meu ver sua argumentação está cheia de problemas:
ResponderExcluir8) Falas uma verdade quando dizes que se os recursos acabarem, não poderemos mais superaquecer o planeta. Mas quem quer viver em um mundo sem recursos? Não seria melhor conservar eles?
7) Realmente tenho que concordar que um livre mercado ajudaria na questão, se houvesse algum mercado realmente livre.
6) Penn & Teller tem uma abordagem completamente superficial nesse vídeo. Não é necessário reciclar porque é mais barato ou econômico como eles argumentam. Reciclar é necessário porque é um ato ético. Enterrar plásticos para se decomporem em 500 anos em aterros é ser anti-ético com as gerações futuras. Por ser um ato ético é que as pessoas se sentem bem praticando a reciclagem. Reciclar é necessário porque a conta do consumo tem que ser paga agora e não enterrada para nossos descendentes.
5) Argumentum ad hominem. Desqualificar o debatedor, ou alguns dos que promovem o debate não torna os argumentos deles inválidos.
2,3 e 4) Aí você trata de que os recursos gastos em ações sustentáveis trariam ações mais eficientes em outras áreas. Concordo, é uma verdade, mas não refuta o argumento. O problema da escassez e finitude de recursos continua mesmo que existam outros para solucionar. Se eu tiver um bode no meio da sala e for para a cozinha lavar a louça, ótimo. Quando voltar para a sala o bode vai continuar estando lá.
1) Aqui cometes um argumento "bola-de-neve".
Aliás o pensamento "onde isso vai parar? geralmente é a base de grande número de medidas e leis autoritárias. Como por exemplo proibir o alcool. "Uma droga leva a outra" logo se alguém beber alcool em breve estará fumando crack. O que é logicamente falso pois muitas pessoas consomem alcool com moderação.
Att
Bruno,
ResponderExcluirMuito obrigado pelo seu comentário! Aqui está a minha resposta às críticas da minha argumentação:
8) Citei a pesquisa apenas para mostrar que ambas ideias não podem ser defendidas simultaneamente, como são normalmente. Não é bom viver em um mundo sem recursos, e temos o preço para resolver esta questão: à medida que o preço dos recursos aumenta, pressiona a busca por substitutos, e assim a humanidade nunca terá grandes problemas em relação à escasses prevista, como comentei no meu último post.
7) O mercado não precisa ser totalmente livre (também acho muito difícil que isso algum dia aconteça), mas podemos ver através de todas os exemplos históricos que sociedades mais próximas a ter um mercado livre prosperaram mais, como fiz no comparativo neste post: http://bit.ly/loXwdc
6) Primeiro acho difícil argumentares que algo é inerentemente ético, já que cada indivíduo possui um padrão de valores diferente do outro. Mas enfim, eu não considero isso não-ético pois as estatísticas mostram tendências positivas para as gerações futuras seguindo os padrões que temos hoje, e não negativas.
5) Os debatedores, no caso, falsificaram dados para aumentar o risco verdadeiro apresentado pelas suas pesquisas e, vendo os números verdadeiros, o argumento deles não é poderoso.
2, 3 e 4) Refuta o argumento de que gastos em ações sustentáveis são prioritários ou até necessários. Quanto à finiture de recursos, já falei sobre a correção através do preço e sugiro fortemente a leitura desta troca de cartas do Milton Friedman (coincidentemente o pai do David) sobre recursos naturais: http://bit.ly/iW8kCv
1) Concordo plenamente contigo na falha lógica na questão do álcool, até porque algo faz mal ou até mesmo se pode levar a drogas mais pesadas não justifica a proibição. Mas eu não quis chegar a uma conclusão com estas referências, quis apenas alertar de que as restrições ambientais estão aumentando com o tempo, e normalmente as pessoas as desconhecem até o momento em que as afetam diretamente.
Um grande abraço e obrigado pela leitura,
Anthony