21.5.12

A Cidade Murada de Kowloon / Kowloon Walled City

Vista aérea da Cidade Murada, antes da sua demolição (Fonte)
"foi...possivelmente, a coisa mais próxima a uma cidade moderna verdadeiramente auto-regulada, auto-suficiente e auto-determinada já construída na história...era onde eles [imigrantes ilegais], recuperavam seu fôlego: onde eles podiam viver como chineses entre chineses, sem pagar impostos, participar de censos ou serem atormentados por governos de qualquer natureza. Aqui os aluguéis eram piedosamente baixos e nenhum xereta colonial bisbilhotava perguntando sobre vistos, licenças, condições d e trabalho, salários ou qualquer outra coisa."
"o que fascina sobre a Cidade Murada é que, apesar de todos seus problemas, seus construtores e residentes tiveram sucesso ao criar o que arquitetos modernos, com todos os seus recursos em dinheiro e expertise, falharam: uma cidade como 'megaestrutura orgânica', não determinada rigidamente para a vida toda mas continuamente respondendo às constantes mudanças de demandas dos seus usuários, atendendo todas as necessidades desde abastecimento de água a religião, provendo ainda o aconchego e a intimidade de uma única enorme residência."
- Peter Popham, trecho de artigo publicado pela primeira vez na The Independent Magazine, maio de 1990

Há tempo tenho vontade de escrever sobre a Cidade Murada de Kowloon, uma favela totalmente atípica em um dos distritos de Hong Kong. Ela tinha prédios de até a 14 andares em um ambiente extremamente compacto com mais de 33,000 habitantes, que somaria à uma densidade aproximada de 1,255,000 hab/km2, que significa mais de 40 vezes a densidade de Manhattan e 180 vezes a densidade de Hong Kong e São Paulo).

Seguindo o caráter das comunidades informais, ela se desenvolveu ao longo de décadas em terra pública, no caso um forte abandonado que estava em conflito entre a China e a Inglaterra, então colonizadora de Hong Kong. Com o tempo organizou sua própria associação de moradores e suas atividades econômicas, mesmo após sucessivas tentativas de remoção tanto por parte do governo chinês como de Hong Kong. Ela parou de crescer quando chegou no seu limite natural: a altura dos prédios ficou restrita dado ao receio dos construtores de entrar em conflito com a rota dos aviões do aeroporto, não muito distante dali. Em 1987, sem negociar com a comunidade, o governo desapropriou a terra com compensação moradores. A medida teve aprovação de alguns mas reprovação da maioria: pessoas que viveram todas suas vidas ali, tiveram seus negócios e não queriam sair à força, com compensações financeiras muito menores do que mereciam.

Um dos limites da Cidade Murada, à noite (Fonte)
O livro “City of Darkness: Life in Kowloon City” do fotógrafo Greg Girard com ajuda de Ian Lambot é o trabalho mais incrível sobre a Cidade, e desmistifica várias ideias negativas que temos sobre as favelas e o mundo informal. Apesar de abrigar operações ilícitas como tráfico de drogas, a grande massa de moradores de favela são trabalhadores esforçados em busca de oportunidades na cidade. Ele mostra claramente as vantagens empreendedoras geradas em um ambiente desregulado e, sobretudo, como estes ambientes ajudam a camada social mais baixa de uma cidade. Edward Glaeser, economista urbano que esteve no Rio de Janeiro para a conferência do Arq.Futuro e estará em São Paulo dia 28 para seminário no INSPER, comenta na sua recente obra "The Triumph of the City" como a presença de favelas em uma cidade, ao contrário do que se acredita normalmente, é um sinal de vitalidade urbana e não de decadência. O argumento pode ser controverso, mas é logico e simples:
"Cidades não estão cheias de pessoas pobres porque as tornam mais pobres, mas porque as cidades (atraem) pessoas pobres com a promessa de melhorar suas vidas... [O grande probema com as favelas] é que os residentes são desconectados demais do coração econômico da metrópole... As favelas do Rio são densamente aglomeradas porque a vida na favela é melhor do que a miserável pobreza da zona rural. O Rio há tempos oferece mais oportunidades econômicas, serviços públicos e diversão que as áreas desoladas da interior."
Ao ler a obra de Girard se percebe que a teoria de Glaeser realmente reflete a realidade. Residentes como Yim Kwok Yuen, um antigo residente da Cidade Murada que matinha uma pequena fábrica de carnes cozidas, fala por si próprio:
"Eu vim de uma cidade pobre onde as condições de higiene eram muito piores. Vindo de um lugar tão pobre achei que Hong Kong fosse o paraíso."
O que também impressiona é que, diferente da burocracia e corrupção encontrada no Brasil, Hong Kong é a cidade-estado mais economicamente livre do mundo mas mesmo assim tem esta atração ao mercado informal. Isso claramente mostra que até as menores barreiras artificiais de entrada no mercado excluirão os mais pobres e menos qualificados que não têm condições de vencê-las. Ao ler todos os depoimentos dos moradores também se entende que comunidade não era totalmente autônoma, se beneficiando de alguma forma de gatos de energia e água. Porém, em contrapartida, eram prejudicados pelo fato de que nenhuma empresa do mundo formal era autorizada a investir lá dentro, já que a Cidade Murada não era reconhecida pelas autoridades locais.

O livro de Girard e Lambot nos fornece entrevistas incríveis com os moradores, que mostram claramente que o mundo informal permite a sobrevivência urbana destas pessoas mais pobres excluídas pelos excessos de regulação: moradias mais simples, serviços dentários e médicos, fornecedores alimentícios e restaurantes e pequenas manufaturas e construtoras que seriam proibidas de operar segundo a legislação de Hong Kong. É um ambiente onde todos podem prosperar e enriquecer neste ambiente até que consigam, enfim, enfrentar a burocracia do mundo formal. Isso é o que Hui Kwong, secretário de finanças da associação comunitária local Kai Fong descreve:
Chau Sau Yee, padeiro e pequeno empresário
da Cidade Murada (Fonte)
"a cidade criou alguma riqueza e um bom número de capitalistas. Tivemos pouca, se é que alguma sequer, restrição para negócios aqui – nenhuma licença ou taxa de registro era necessária, nenhuma regra ou regulação, nenhum imposto, e eletricidade e água eram baratos. Era conveniente para nós, das classes mais pobres."
Como praticamente toda favela no mundo tem sua própria associação para se auto-organizar, de baixo para cima, a Kai Fong exercia vários serviços comunitários e agia voluntariamente através de participação e troca. Hui Kwong continua:
"A Associação Kai Fong foi formada para defender a comunidade do governo de Hong Kong. Foi na primeira vez que eles tentaram derrubar a Cidade Murada. Foi uma questão de vida ou morte para nós – onde teríamos ido se a cidade tivesse sido demolida? … Uma vez que a Associação estava em pé e funcionando, ela começou a cuidar dos problemas sanitários e sociais na Cidade Murada. Ela também começou a aprovar contratos de propriedade colocando o selo da Associação em contratos de venda. … Isso foi feito para que os compradores não fossem enganados."
Chan Pui Yin, proprietário de uma loja e residente da Cidade Murada por mais de 40 anos também comenta a importância que a Kai Fong teve para os residentes da cidade, mas também desceve a ordem emergente e aparente falta de necessidade de um planejamento de cima para baixo. Estes três trechos que selecionei da sua entrevista ilustram bem esta ideia:
"Não existiam assaltos – apesar de criminosos usarem a Cidade Murada para se esconderem, todos se conheciam então ninguém nunca tentava machucar os locais… Era um pouco como a vida nos vilarejos da China antigamente – um harmonioso estado de anarquia." 
"Aqui você pode fazer seu negócio sem uma licença e não precisa registrar suas contas. Você não precisa avisar as autoridades se você contrata um funcionário. É muito conveniente e custa muito menos." 
"…Kai Fong se estabeleceu com um papel de testemunha e árbitro de disputas como forma de angariar fundos. Entretanto, disputas envolvendo contratos de propriedade são poucas e raras."
Apesar de eu não ser uma pessoa religiosa, o livro demonstra que as igrejas também exerciam um papel importante no cotidiano da Cidade Murada. Gerg Girard comenta que "apesar de várias ofertas lucrativas, o Reverendo Liu [da CNEC Living World Church] acreditava que pelo menos uma parte da cidade deveria receber luz natural e ar fresco.". O pátio da CNEC era uma das únicas praças da cidade, dando luz natural para todos os prédios ao seu redor. O Exército da Salvação também montou uma escola primária, mas teve que fechá-la já que Hong Kong não reconhecia seu programa, excluindo os alunos das escolas secundárias públicas ou subsidiadas. Logo depois eles abriram um jardim de infância, educando crianças até a demolição da Cidade.

Mesmo assim, a principal maneira de alguém subir na vida lá dentro era através de uma educação técnica como aprendiz em pequenos negócios. Desde o início, jovens aprendiam noções financeiras e técnicas de negociação na prática, técnicas específicas em pequenos restaurantes, fábricas e lojas e, ainda, empreendedorismo ao abrir seus próprios negócios. Os numerosos exemplos mostrados no "City of Darkness" apagam completamente o viés que a sociedade tem ao acreditar que estas pessoas são "pobres em conhecimento": é apenas um tipo diferente de conhecimento, uma forma local e prática de pensar.

De qualquer forma, até hoje a Cidade Murada ainda é lembrada pelos cidadãos de Hong Kong como um lugar misterioso, escuro e perigoso, com sua história contada através de lendas urbanas e rumores obscuros. Como as favelas brasileiras ou de qualquer lugar do mundo, as pessoas ainda vêem esses assentamentos informais como lugares a serem demolidos e substituídos por moradias governamentais, uma forma de maquiagem ao choque cultural das cidades ricas com a pobreza. Como descreve Robert Neuwirth, as "cidades das sombras" são de fato bairros de verdade e centros de inovação, e Vivek Wadwa diz que as favelas brasileiras podem ser casa do próximo Mark Zuckerberg. Para mim tudo isso significa que temos que parar de ignorar e excluir essas comunidades, mas inclui-las, abraçando seus cidadãos e planejando nossas cidades com a liberdade que as faz prosperar.

Seção transversal da Cidade Murada (Fonte)
Mais informações:
City of Darkness
Wikipedia
Video Documentary
Archidose
OObject


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"it was...arguably, the closest thing to a truly self-regulating, self-sufficient, self-determining modern city that has ever been built...it was the place where they [illegal immigrants] got their breath back: where they could live as Chinese among other Chinese, untaxed, uncounted, untormented by governments of any kind. Here the rents were mercifully low and no colonial busybodies snooped around asking questions about visas or licences, or working conditions or wages, or anything else." 
"what fascinates about the Walled City is that, for all its horrible shortcomings, its builders and residents succeeded in creating what modern architects, with all their resources of money and expertise, have failed to do: the city as 'organic megastucture', not set rigidly for a lifetime but continually responsive to the changing requirements of its users, fulfilling every need from water supply to religion, yet providing also the warmth and intimacy of a single huge household."
- Peter Popham, excerpt from artile first published in The Independent Magazine, May 1990

For some time I've wanted to write about Kowloon Walled City, a different kind of shantytown in Kowloon, one of Hong Kong's districts. It had buildings rising up to 14 stories in an extremely compact environment with over 33,000 residents, which would add up to an approximate density of astonishing 1,255,000 hab/km2, meaning over 40 times Manhattan’s density, 180 times Hong Kong and São Paulo’s density.


Following the pattern of informal communities, it developed over decades in public land, in this case an abandoned fort which was usually in conflict between China and England, then Hong Kong's colonizer. After several attempts of removal by both Chinese and Hong Kong governments it grew to organize its own community association and economic activities. It stopped developing when it reached its natural limitation: the height of buildings was restricted as builders were afraid of interfering with the airplane routs of the nearby airport. In 1987, with no negotiations with the community, the government announced the Walled City was going down. A measure approved by some but rejected by the majority: people who had lived there their entire lives, had their businesses and did not want to be forced out with financial compensations much smaller than they deserved.


City of Darkness: Life in Kowloon City”, book by photographer Greg Girard assisted by Ian Lambot is the most amazing work available on the City, debunking many negative ideas we have about shantytowns and the informal world. Although housing some illegal operations such as drug dealing, the great majority of the residents are hard working people looking for opportunities in the city. It clearly shows the entrepreneurial advantages generated by an unregulated environment and, most importantly, how these environments help the poorest people in a city. Edward Glaeser, an urban economist which was in Rio for the Arq.Futuro conference and will be in São Paulo this 28th for a seminar at INSPER, says in his recent book "The Triumph on the City" how the presence of shantys in a city is a signal of vitality and not decadence as one usually believes. The argument can be controversial, but it is quite logical and simple:

"Cities aren't full of poor people because cities make people poor, but because cities (attract) poor people with the prospect of improving their lot in life...[The great problem of urban slums] is that those residents are too disconnected from the economic heart of the metropolis... Rio's slums are densely packed because life in a favela beats stultifying rural poverty. Rio has long offered more economic opportunity, public services, and fun than the desolate areas of Brazil's hinterland."
By reading Greg Girard’s book one notices that Glaeser’s theory does, in fact, derive from reality. Residents such as Yim Kwok Yuen, a former resident os the Walled City who owned a small cooked meat factory, speaks for himself:
"I came from a poor village where the hygiene conditions were much worse. Coming from such a poor place, I thought Hong Kong was heaven."
What is also impressive is that, different from the red tape and corruption found in Brazil, Hong Kong is the city-state with highest economic freedom in the world but still has this great attraction to the informal market. This clearly shows that even the smallest artificial market-entry barriers will exclude the poorest and least qualified that are not in condition to overcome them. By reading the residents' statements one can also understand that it wasn't a completely autonomous community, benefiting by stealing from public energy and water grids. However, they were severely handicapped by the fact that no serious company in the world was permitted there, as the Walled City wasn’t recognized by local authorities.

Girard and Lambot's book gives us amazing interviews with the residents clearly showing that the informal world allows the urban survival of poorer people who are excluded by excessive regulation: cheaper dwellings, medical and dental services, food suppliers and small manufacturers and builders which wouldn't be allowed to operate according to Hong Kong legislation. It is an environment where people could flourish and prosper until they were enabled to deal with the existing market beaurocracy. This is what Hui Kwong, financial secretary of the local Kai Fong Association nicely describes:

"the city created some wealth and quite a few capitalists. There have been few, if any, restrictions on businesses here - no licenses or business registrations fees were required, no rules or regulations, no taxes, and electricity and water were cheap. It also suited us, the lower classes."
As pretty much every shantytown in the world has its own bottom-up association to self-organize, the Kai Fong provided many community services and acted by voluntary participation and trade. Hui Kwong goes on:
"The Kai Fong Association was formed to stand up to the Hong Kong government. This was when they first tried to pull the Walled City down. It was a matter of life and death for us - where would we have gone if the City had been demolished? ... Once the Association was up and running, it began to take care of sanitation and welfare problems in the Walled City. It also began endorsing property deals by attatching the Association's stamp on sale agreements. ... This was done so that buyers couldn't be cheated."
Chan Pui Yin, and shop owner and resident at the Walled City for 40 years also comments on the important role the Kai Fong had for city residents, but also describes the emergent order and the apparent lack of need for top-down planning. These three quotes I selected from his interview can sum up these ideas:
"There were no robberies - although criminals used the Walled City to hide in, everyone knew everyone else so they never tried to harm the locals... It is a bit like back home in the villages in China - a harmonious state of anarchy." 
"Here you can do business without a license and you don't have to keep accounts. You don't have to report to the authorities if you take on any employees. It's very convenient and it costs so much less." 
"...Kai Fong established its role as witness and settler of disputes in order to raise funds. Disputes arising out of property deals, however, are few and far between."
Although I am not a religious person, the book also describes that churches were also an important factor in the daily lives of the Walled City. Greg Girard comments that “despite several lucrative offers, Reverend Liu [from the CNEC Living World Church] believed that at least one part of the City should be able to enjoy fresh air and natural light.'. The CNEC courtyard provided one of the only squares in the city, giving natural light to all buildings facing it. The Salvation Army also set up a primary school, but had to close it down because the Hong Kong didn't recognize its education, excluding the students from Government or subsidized secondary schools. Soon later it opened a kindergarden, which educated children right until the Walled City was torn down.

However, the best way to rise one's quality of life was through technical education from apprenticeship in local small busineses. Right from the start, young people learned hands-on financial and negotiation techniques, specific trades in small restaurants, shops and factories and entrepreneurship by opening their own small businesses. The numerous examples shown in “City of Darkness” completely erases the bias society has towards thinking these people are “poor in knowledge”: it’s just a different kind of knowledge, a form of local, practical thinking.


Nevertheless, to this day Kowloon Walled City is still remembered by the citizens of Hong Kong as a mystical, dark and dangerous place, and its story is told through urban legends and nasty rumors. As favelas in Brazil and shantytowns everywhere, people still see informal settlements in urban areas places to be torn down and replaced by top-down government-built housing, a kind of makeup to the cultural shock with poverty in rich cities. As Robert Neuwirth describes, shadow cities are, in fact, real neighbourhoods and centers for innovation and Vivek Wadwa says that Brazilian favelas may be the home of tomorrow's next Mark Zuckerberg. To me it all means we have to stop ignoring and excluding these communities, but including them, embracing their people and planning our cities with the freedom that makes them thrive.

More information:
City of Darkness
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6 comentários:

  1. "Para mim tudo isso significa que temos que parar de ignorar e excluir essas comunidades, mas inclui-las, abraçando seus cidadãos..."

    - Isso não significaria colocá-las na mesma lógica de funcionamento do restante da cidade, assim matando a liberdade que faz com que essas comunidades - a seu modo - cresçam e prosperem?

    "...e planejando nossas cidades com a liberdade que as faz prosperar".

    - A melhor forma de planejar com liberdade não seria simplesmente NÃO PLANEJÁ-LAS?

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    1. Kleiton, respondendo suas perguntas:

      1) Elas são realmente pobres e dão abrigo para uma comunidade que não tem condições de morar na cidade. Mas ao regularizá-las normalmente o estado estabelece critérios construtivos e regulatórios bem mais brandos, e permite que este morador venda sua propriedade para investidores externos, que hoje é proibido (tenho um artigo extenso só sobre o tema da regularização fundiária, aqui no blog)

      2) Qualquer ambiente construído terá regras para operar, assim como um condomínio, um shopping ou um loteamento tem suas regras. O que se percebe é que as regras urbanas de hoje são, de modo geral, ultra-restritivas, e devem caminhar em um sentido mais livre, que foi o que eu quis dizer. Um outro exemplo seria se empresas administrassem as ruas: elas certamente teriam um planejamento, que junto com as construtoras guiariam grande parte do desenvolvimento da cidade.

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  2. Te entendo. É que estamos tão acostumados a essa hiperrestritividade urbana que qualquer ideia de planejamento já me dá calafrios. E no final das contas o Glaeser não veio, né? Estou lendo o 'Triumph of the city', as ideias dele são bem interessantes.

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    1. Não, a apresentação dele foi por vídeo, pela internet. E ainda não cheguei a tempo, devo ter assistido 10min só da palestra dele. Nem sei se vale eu postar sobre a parte do Serra e da Manuela, eles não falaram nada muito relevante e fugiram um pouco do tema do livro, abordando mais as questões municipais que eles acham importantes. Não discordaram em praticamente nada.

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    2. Não deixa de ser interessante reparar que sociais-democratas (pseudo-direita) e comunistas, no Brasil, não discordam em praticamente nada...

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